Tecnologia de US

Estimulação Ultra-Sônica da Regeneração Óssea:
Tecnologia Brasileira de Tratamento de Fraturas de Alcance Mundial

A estimulação ultra-sônica da regeneração óssea (EURO) foi pioneiramente investigada na tese de livre-docência “Estimulação Ultra-Sônica do Calo Ósseo” de 1977 do Prof. Dr. Luiz Romariz Duarte no Departamento de Engenharia de Materiais da Escola de Engenharia de São Carlos - USP[1.2].  A tese motivou em 1977 a criação do “Programa de Pós-Graduação Interunidades Bioengenharia” da USP. As primeiras aplicações clínicas da EURO no mundo foram realizadas no Brasil no Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. A EURO é um tratamento não-invasivo de fraturas que utiliza ultra-som pulsado de baixa intensidade (30 mW/cm2).

Indicações Clínicas: Tratamento de fraturas recentes, com retardo de consolidação ou pseudoartrose em todo o esqueleto (com exceção de fraturas da coluna vertebral e crânio). É indicada na presença de qualquer dispositivo para imobilização da fratura (gesso, splint ou osteossíntese metálica interna ou externa).  

Características

  • Tratamento domiciliar (20 minutos/dia). O equipamento é energizado por baterias e monitora eletronicamente todos os parâmetros elétricos e acústicos e a prescrição (dia, hora e tempo de tratamento) durante as sessões diárias.  Não há necessidade de aferição desses parâmetros, incluindo a medida de intensidade acústica (dosimetria de ultra-som), durante todo o período de tratamento.  A interrupção do funcionamento do equipamento é eletronicamente realizada e comunicada ao usuário se houver alteração desses parâmetros o que caracteriza um controle constante e rigoroso da energia mecânica de baixa intensidade que deve ser utilizada no tratamento.  

  • Extensão do Tratamento: o tempo médio de tratamento varia de 40 à 180 dependendo do tipo da fratura (recente, retardo de consolidação ou não-união/pseudoartrose) e da localização anatômica.

  • Redução de 3O% à 40% no tempo médio de tratamento de fraturas recentes do terço medial da tíbia, do terço distal do rádio, do 5o metatarso e do escafóide.

  • Índice de sucesso do tratamento de 70% à 98% em fraturas com retardo de consolidação ou não-união em vários sítios do esqueleto.

  • Impacto social e econômico: redução do tempo de tratamento de fraturas recentes e tratamento de fraturas com retardo de consolidação ou não-união com diminuição do custo do tratamento.

A EURO é uma tecnologia investigada há 35 anos. Estudos com animais e clínicos realizados no Brasil, EUA, Europa e Japão comprovaram a sua eficiência. Esses estudos foram publicados nos mais conceituados congressos e periódicos científicos do mundo na área de ortopedia[3-6].

Reconhecimento Internacional [7,8]

  • Aprovada em 1994 pelo “Food and Drug Administration” (FDA) dos EUA para o tratamento de fraturas recentes do terço médio da tíbia e do terço distal do rádio.

  • Aprovada em 2000 pelo FDA para o tratamento de fraturas com pseudoartrose em todo o esqueleto com exceção de fraturas da coluna vertebral, da face ou do crânio. 

  • Aprovada em 2000 pelo “Health Care Financing Administration”(HCFA) dos EUA para uso pelo MEDICARE no tratamento de fraturas com não-união. O MEDICARE é o sistema de saúde público norte-americano dedicado aos cidadãos com idade acima de 65 anos.

  • Aprovada para uso no tratamento de fraturas em todo o esqueleto (com exceção de fraturas da coluna vertebral, da face ou do crânio) em diversos países da Europa e Ásia.

Reconhecimento Nacional

  • O Ministério da Saúde através “Agência Nacional de Vigilância Sanitária” aprovou o uso da EURO no Brasil para o tratamento de fraturas através da resolução no 1554 da ANVISA, publicada no Diário OficIal da União de 27/9/01.

    Referências Bibliográficas (lista parcial)

    1.       Duarte LR.   Estimulação Ultra-Sônica do Calo Ósseo, Tese de Livre Docência, Escola de Engenharia de São Carlos, USP, 1977.

    2.       Duarte LR.  The stimulation of bone growth by ultrasound, Archives of Orthopaedic and Traumatic Surgery, 101:153-159, 1983.

    3.       Heckman JD,  Ryaby JP, McCabe J, Frey JJ, Kilcoyne RF.    Acceleration of tibial fracture healing by non-Invasive, low-Intensity pulsed ultrasound, Journal of Bone and Joint Surgery, 76-A (1): 26-34, 1994.

    4.Kristiansen TK, Ryaby JP, McCabe J, Frey JJ, Roe LR.    Accelerated healing of distal radial fractures with the use of specific, low-intensity ultrasound, The Journal of Bone and Joint Surgery, 79-A (7): 961-973, 1997.

    5.       Hadjiarygyrou M, McLeod K, Ryaby JP, Rubin C.  Enhancement of fracture healing by low intensity ultrasound, Clinical Orthopaedics and Related Research, 355S: s216-s229, 1998.

    6.       Rubin C, Bolander M, Ryaby JP, Hadjiargyrou MCurrent concepts review - The use of low-intensity ultrasound to accelerate the healing of fractures. The Journal of Bone and Joint Surgery, 79-A (7): 961-973, 1997

    7.       Einhorn TA. Current concepts review: enhancement of fracture healing, The Journal of Bone and Joint Surgery, 77-A (6): 940-956, 1995

    8.       Hannouche D, Petite H, Sedel L. Review article: current trends in the enhancement of fracture Healing, The Journal of Bone and Joint Surgery, 83-B (2): 157-164, 2001.

     

     
    Dissertação

    Destaques

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    E-mail: bioeng@sc.usp.br

    PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
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    Última Atualização da Página: 05/09/2013


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